Estamos a viver um tempo de cura e libertação
Para quem não sabe, estamos a viver o fim de um ciclo. Plutão, o planeta da metamorfose, está a terminar um ciclo de cerca de 16 anos em Capricórnio: este arquétipo da estrutura, da visão consensual da gestão de recursos da humanidade baseada no lucro e acumulação, na ideia de alcançar o topo da montanha, o ápice da escada social. No nosso planeta os resultados dessa visão redutora, daquilo que é o nosso papel enquanto seres humanos, está à vista. Úrano em Touro está a trazer essa revolta do mundo natural e o acordar para a extinção da espécies, o plástico em cada partícula do oceano, em cada partícula do nosso sistema.
Neste momento em que escrevo, a quadratura de Saturno R em Aquário está a apertar-se, a ficar mais forte e ao mesmo tempo Úrano (regente de Aquário) está a fazer um semisextil ao Quíron em Touro, exato. Esta crise que estamos a sentir, social e interna, está a limpar terreno para purificarmos este nosso instinto (Quíron em Carneiro), a nossa sexualidade, os nossos desejos autênticos. Carneiro é essa conexão interna com o impulso dentro de nós que tantas vezes entra em conflito/confronto com Saturno, o que está estabelecido como bom e mau, certo e errado, na sociedade. Quantos de nós não desligam o instinto para fazer frente às necessidades de integração? Esses instintos continuam lá e agora é tempo de cura, para nós próprios iniciarmos uma nova era, alinharmo-nos com o devir universal.
Também o Nódo Norte em Gémeos faz um sextil ao Quíron. Temos escolhas a fazer, trazendo o conhecimento intuitivo de Sagitário, para traduzir em palavras em Gémeos e fazer a escolha de cura daquilo que é natural em nós. Libertarmos a repressão saturniana do nosso instinto de forma a levar ao mundo o que é a nossa expressão natural e verdadeira.
Saturno também está a dançar com Quíron: em Aquário faz-nos tremer por dentro. Têm sentido um terremoto interno? As estruturas tremem e as que não nos servem caiem. Saturno novil Neptuno em Peixes ajuda à dissolução. Trará a escuridão da dissolução uma luz ao fundo do túnel? Para haver espaço para o novo, o antigo tem que tornar-se pó. Para haver luz, terá de haver escuridão.
Desejo a todos um bom trabalho de cura.
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